quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Employee Assistance Programs (EAPs)


Os programas de assistência aos trabalhadores ou em inglês Employee Assistance Programs (EAPs) têm a intenção de ajudar os funcionários a lidar com problemas pessoais que podem afectar negativamente o seu desempenho no trabalho, saúde e bem-estar. Os EAPs geralmente incluem aconselhamento (chamado counseling) de curto prazo e serviços para os funcionários e membros da sua família. Os supervisores também podem encaminhar os empregados com base no seu desempenho ou em episódios de conduta inaceitável.

Os funcionários e os membros da sua família podem também usar os EAPs para ajudar a gerir problemas nas suas vidas pessoais. EAP counselors typically provide assessment, support, and referrals to additional resources such as counselors for a limited number of program-paid counseling sessions. Os conselheiros (counselors) EAP tipicamente providenciam uma avaliação clínica, apoio e encaminhamento para recursos adicionais, como por exemplo, um número limitado de sessões de aconselhamento pago pelo programa ou mesmo serviços médicos como consultas de Psiquiatria do Trabalho. The issues for which EAPs provide support vary, but examples include: As situações para as quais os EAP fornecem apoio variam, mas os exemplos incluem:

  • substance abuseabuso de substâncias
  • occupatiostresse relacionado com o trabalho
  • emotional distress sofrimento emocional
  • major life events, including births, accidents and deaths acontecimentos de vida, incluindo nascimentos, acidentes e mortes
  • health care concerns preocupações com a saúde em geral
  • financial or non-work-related legal concerns preocupações legais relacionadas com o trabalho
  • family/personal relationship issues questões familiares / de relacionamento pessoal
  • work relationship issues problemas de relacionamento no trabalho
  • concerns about aging parents preocupações com pais idosos
  • desededddd desenvolvimento pessoal

An EAP's services are usually free to the employee and their household members, having been prepaid by the employer.Os serviços de um EAP são geralmente gratuitos para o trabalhador e membros do seu agregado familiar, tendo sido pré-pagos pelo empregador. In most cases, an employer contracts with a third-party company to manage its EAP. Na maioria dos casos, um empregador contrata uma empresa externa para gerir o seu EAP. Some of these companies rely upon other vendors or contracted employees for specialized services to supplement their own services, such as: financial advisors, attorneys, travel agents, elder/child care specialists, and the like. Algumas dessas empresas dependem de outros fornecedores ou funcionários contratados para serviços especializados para complementar os seus próprios serviços, tais como: assessores financeiros, advogados, conselheiros (profissão não regulada em Portugal), psicólogos e médicos.

Alguns estudos indicam que a oferta de EAPs pode resultar em vários benefícios para os empregadores, incluindo menores custos médicos, redução da rotatividade dos trabalhadores e do absentismo e maior produtividade dos seus funcionários.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Stresse profissional, efeitos e consequências

Internacionalmente, sabemos que 1 em cada 4 trabalhadores é afectado pelo stresse profissional, que é responsável por 50% a 60% dos dias de trabalho perdidos, é o 2º problema de saúde mais notificado (na UE-27) e com um custo económico de 20 mil milhões euros (UE-15). Apresenta como possíveis efeitos na saúde:

·         Aumento da irritabilidade
·         Problemas de concentração, de memória
·         Insónia
·         Aumento da probabilidade de desenvolvimento de Perturbações psiquiátricas, como a Depressão Major
·         Aumento da probabilidade de desenvolvimento de doenças orgânicas como as doenças cardiovasculares
Como possíveis efeitos na organização:
·         Aumento do absentismo
·         Diminuição do comprometimento com a organização
·         Diminuição da produtividade
·         Aumento da frequência de acidentes de trabalho

E como consequências no local de trabalho:
          Absentismo
          Falta de pontualidade
          Falta de qualidade na decisão
          Flutuações do humor
          Aumento dos acidentes de trabalho
          Falta de profissionalismo
          Não cumprimento de objectivos
          Irritabilidade com clientes
          Diminuição da motivação e comprometimento com a organização

Consumo de substâncias no local de trabalho

Consumo de Álcool e substâncias
A prevenção e o combate ao consumo de substâncias aditivas no local de trabalho, deve ser encarado não como uma despesa mas como um investimento, sobretudo se for tido em linha de conta a variável “produtividade” e a “qualidade de vida” do trabalhador. Os padrões de consumo prejudiciais, para além das consequências nefastas para o trabalhador, acarretam custos para a empresa onde se encontra inserido devido ao associado absentismo, comprometendo o desempenho profissional do trabalhador e subsequentemente a competitividade e a produtividade da empresa.
As Perturbações de abuso de substâncias afectam múltiplas áreas do funcionamento, existindo um diagnóstico psiquiátrico co-mórbido em 60-75% dos doentes. Estima-se que 40% da população dos EUA usou uma substância ilícita pela menos uma vez na vida e que 15% da população acima de 18 anos tenha uma destas perturbações durante a vida. Os síndromes psiquiátricos induzidos por substâncias podem mimetizar todo o espectro de doenças psiquiátricas, incluindo as perturbações psicóticas, de humor e de ansiedade. São responsáveis por:

          Perdas de produtividade
          Aumento dos Acidentes de trabalho
          Aumento do Absentismo laboral
          Baixa motivação dos trabalhadores e co-colaboradores
          Aumento dos dias de “baixa médica”
          Perdas que são estimadas em vários biliões de dólares para as empresas nos EUA

Por exemplo no caso da prevenção do alcoolismo, intervenções pontuais no local de trabalho não parecem ter resultados na diminuição dos consumos (estudos em polícias britânicos e trabalhadores postais australianos). Guidelines internacionais recomendam o seguinte no desenvolvimento de programas estruturados no local de trabalho:


        Desenvolver sensação de controlo e competência
        Utilizar suporte da família, amigos e pares
        Envolvimento da força de trabalho
        Programas de promoção da saúde em sessões de grupo não têm demonstrado eficácia
        Sessões didácticas por parte dos departamentos de pessoal ou da gestão não têm sido eficazes
        Diálogo entre empregador e trabalhadores 

Custos e produtividade (uma perspectiva sobre a saúde mental nas empresas)

Custos e produtividade
Uma pergunta legítima, embora com difícil facilidade de resposta é qual o valor de um empregado produtivo e saudável? Esta pergunta terá várias respostas conforme seja dada pelo trabalhador, pelo empregador, pelo contribuinte e pela sociedade em geral. De seguida oferecem-se alguns dados estatísticos, fundamentalmente recolhidos nos EUA, para iluminar um pouco o assunto:

          1 em cada 5 Americanos tem uma doença mental no espaço de um ano
          Metade do gasto em seguros privados em saúde mental, naquele pais, é para tratamento da Depressão
          Custo em dias de produção perdidos é maior do que a doença cardíaca, a Diabetes e a Hipertensão Arterial
          O maior preditor de não retorno ao trabalho em trabalhadores de baixa médica de curto prazo é a presença de sintomas depressivos
          Os doentes mentais têm maior absentismo que a população em geral
          Existe maior taxa de horário reduzido em trabalhadores com Perturbação de Pânico, que restantes trabalhadores sem essa patologia
          A doença mental afecta 48% dos Americanos durante as suas vidas
          1 em cada 10 empregados de escritório está deprimido
          14% de todas as ausências do trabalho são devidas a doença psiquiátrica
          No sector industrial a doença mental leva a uma média de ausências do trabalho de 16 dias/ano/trabalhador com doença mental
          Nesse sector, 4.4% de todas as ausências do trabalho são por causa psiquiátrica
          A duração média de ausência por episódio de depressão é de 36.6 dias (média 27.7 no total de outras causas)
          13% dos trabalhadores (com 3 ou mais ausências) tinham 62% do total de dias de ausência
          Trabalhadores deprimidos faltam 7.8 dias por ano (a média dos restantes trabalhadores é de 1.3)
          A Depressão contabiliza 52% dos diagnósticos psiquiátricos que levam a baixa médica e 62% dos dias totais de ausência do trabalho
          O tempo médio de “Baixa médica” por Depressão é de 40 dias (comparando com 37 dias para a dor lombar, a doença coronária com 37 dias, todas doenças mentais com 32 dias, a Hipertensão Arterial com 27 dias e a diabetes com 26 dias)
          Nos 12 meses subsequentes a episódio que leve “baixa médica” 26% recai, com nova “baixa” por Depressão (comparando com 11% com Hipertensão Arterial, dor lombar com 10%, doença coronária com 8%, todas as doenças mentais 8% e a diabetes com 26%)
          Os utilizadores de drogas faltam, em média, 40 dias por ano (comparando com 4.5 dias por ano dos não utilizadores)
          Nos trabalhadores dos correios com teste positivo (para substâncias de abuso) na admissão ao emprego têm um absentismo 59.3% maior e 5x mais acidentes de trabalho que os trabalhadores com teste negativo à admissão
          Os trabalhadores alcoólicos têm 2.7 vezes mais ausências relacionadas com lesões no trabalho que os trabalhadores não alcoólicos
          88% dos custos do sector industrial com Perturbações de Ansiedade é devida a diminuição da produtividade do trabalhadores
          Doenças médicas associadas à Depressão (dor crónica, doença cardíaca, enfarte, SIDA, fadiga crónica, fibromialgia, doenças tiroideias e neoplasias) também apresentam vários custos ocultos
          Grande percentagem dos custos da Depressão são indirectos: absentismo, diminuição da produtividade, custos com trabalhadores temporários, custos de substituição e formação de trabalhadores, ou se substituto não tão eficaz
          Os trabalhadores deprimidos têm 5 vezes mais tempo de faltas ao trabalho que os restantes trabalhadores
          O absentismo reduz-se significativamente com o diagnóstico e tratamento da Depressão nos trabalhadores afectados
  • Depressão com grande impacto também no chamado Presentismo (estar presente no local de trabalho sem conseguir contribuir para a produção de forma significativa ou esperada), pela diminuição da concentração, da energia e da capacidade de abstração 

sábado, 26 de setembro de 2015

Quais as diferentes áreas de actuação no campo da gestão da Saúde e Doença Mental?


}
  1. Formação dos trabalhadores
  2. Formação dos supervisores
  3. Employee assistance programs
  4. Intervenção em crise
  5. Serviços de mediação
  6. Acesso a tratamento ambulatório psiquiátrico
  7. Perícia psiquiátrica
  8. Políticas de compensação na doença
  9. Políticas de pessoal
  10. Desenvolvimento de executivos

O stress relacionado com o trabalho



Quais são alguns dos custos associados com o stress relacionado com o trabalho?

  1. 1 em 4 trabalhadores é afectado 
  2. responsável por 50% a 60% dos dias de trabalho perdidos
  3. segundo problema de saúde ocupacional mais notificado (UE-27)
  4. com um custo económico de 20 mil milhões euros (UE-15)

Quais as categorias gerais em que se costumam agrupar?

Conteúdo do trabalho: tarefas monótonas, pouco estimulantes, com pouco sentido; com pouca diversidade; pouco agradáveis;
Ritmo e carga de trabalho: trabalho sob pressão do tempo; tarefas excessivas ou em pouca quantidade;
Horário de trabalho: horários de trabalho muito rígidos e inflexíveis; jornadas de trabalho muito longas e com baixo nível de socialização; horário imprevisível; sistemas de rotação de turnos com planificação deficiente;
Participação e controlo: falta de participação nos processos de tomada de decisão; insuficiente controlo sobre métodos, ritmo, horário ou ambiente de trabalho;
Desenvolvimento da carreira, estatuto profissional e remuneração: insegurança no trabalho, falta de perspectivas de promoção ou avanço na carreira, situações de sub-promoção ou sobre-promoção; trabalho visto como de “baixo valor social”; situações de remuneração “à peça”; sistemas de avaliação do desempenho injustas ou pouco claras; sub ou sobre-qualificação para a função;
Papel na organização: função pouco clara na organização; papéis conflituantes dentro do mesmo trabalho; responsabilidade pelas acções de outras pessoas; trabalho contínuo com o público ou com responsabilidades no cuidar de pessoas;
Relações interpessoais: supervisão inadequada, pouco apoiante ou pouco empática; dificuldades na relação com os pares ou com as chefias; fenómenos de bullying, mobing, assédio sexual e violência verbal ou física; trabalho isolado ou solitário; falta de procedimentos e protocolos para lidar com problemas ou queixas;
Cultura organizacional: dificuldades de comunicação, problemas de liderança, falta de clareza acerca dos objectivos organizacionais e da estrutura hierárquica;
Interferência casa-trabalho: exigências conflituantes entre o trabalho e a vida doméstica, falta de suporte para os problemas domésticos no trabalho, falta de suporte para os problemas do trabalho em casa.